terça-feira, 19 de abril de 2016

Elo Perdido entre Planetas e Estrelas?




Júpiter expele duas vezes a energia que recebe do Sol, o que sugere que seu interior seja quente, mas ainda está milhares de vezes distante de possuir massa, pressão e calor suficientes para fundir os elementos de sua atmosfera e se tornar uma estrela. Se fosse 13 vezes maior seria capaz de fundir deutério - um isótopo de hidrogênio - e se tornar uma anã marrom, o que não chega a ser uma estrela. Alguns astrônomos sugerem que as anãs marrons são corpos subestelares, ou estrelas que não deram certo, outros já afirmam não passarem de planetas quentes, com temperaturas que variam entre 726°C a 3126°C, frio demais para uma estrela. O planeta Vênus - com sua minúscula massa comparado a Júpiter - chega aos 735°C com facilidade. Já o Sol - que é 1000 vezes maior que Júpiter - ultrapassa os 5500° C. Outras estrelas, como Rigel da constelação de Órion, chegam facilmente aos 10700°C. Apesar do nome, as anãs marrons emitem um brilho avermelhado, bem próximo ao infravermelho, o que as tornam difíceis de serem detectadas. O processo de formação de uma anã marrom seria semelhante ao que deu origem ao planeta Júpiter. Em um determinado momento, a matéria ao redor do corpo se esgotou, ele não conseguiu reunir massa suficiente para gerar pressão e calor necessários e fundir seus elementos básicos para se tornar uma estrela. Daí a especulação das anãs serem um possível elo perdido entre os planetas e as estrelas.
Créditos das imagens: Nasa

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A Real Face de Plutão



Quase 1 década após o início da maior missão do século XXI rumo ao sistema solar exterior, a sonda New Horizons rompe um véu de presunções, especulações e incertezas sobre Plutão, tecido desde o seu descobrimento em 1930. Percorrendo aproximadamente 4,785 bilhões de Km desde o seu lançamento em 19 de janeiro de 2006, a sonda se encontra cerca de 513,4 mil Km do planeta anão, a 10 horas e 30 minutos de sua aproximação máxima, e já enviou imagens espetaculares, evidenciando que as especulações sobre a aparência do astro estavam equivocadas.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

New Horizons Enxerga Plutão e Caronte



Essa sequência de imagens de Plutão e Caronte foram tiradas em 13 momentos diferentes, em cerca de 6.5 dias, de 12 a 18 de abril de 2015. Durante esse tempo, a sonda se aproximou de Plutão cerca de 7 milhões de quilômetros.
As imagens foram tiradas por um mecanismo nomeado de Reconhecedor de Imagens de Longo Alcance (Long Range Reconnaissance Image - LORRI). Plutão e Caronte giram em torno de um centro de massa conhecido como baricentro, completando uma volta completa a cada 6.5 dias terrestres. Essas imagens registraram a rotação completa da dança dos dois astros.
Fonte

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Eta Carinae e a Nebulosa do Homúnculo em Expansão


Como o sistema de estrelas de Eta Carinae criou essa nebulosa em expansão incomum? Ninguém sabe ao certo. Cerca de 170 anos atrás, Eta Carinae se tornou misteriosamente o segundo sistema de estrelas mais brilhante no céu noturno. Vinte anos mais tarde, depois de ejetar mais massa que o nosso Sol, o sistema inesperadamente desapareceu. De alguma forma, essa explosão parece ter criado a nebulosa do Homúnculo. A animação de 3 quadros apresenta imagens coletadas pelo telescópio espacial Hubble em 1995, 2001 e 2008. O centro da nebulosa é iluminado pela luz de uma estrela central, enquanto as regiões periféricas estão expandindo lobos de gás com poeira escura. Eta Cariane ainda sofre explosões inesperadas e sua massa elevada e volatilidade faz dela uma candidata a explodir em uma espetacular supernova em algum momento nos próximos milhões de anos. Source

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Lua e Terra vistas da sonda Chang'e 5-T1




Descrita por vezes como um mármore azul grande, a partir de alguns pontos de vista a Terra se parece mais como um pequeno ponto azul. E foi esse o caso nessa imagem icônica do sistema Tera-Lua, tiradas pela sonda chinesa Chang'e 5-T1, na última semana de outubro. A Lua aparece maior que a Terra porque está muito mais próxima da sonda. Exibindo parte de sua face oculta, a Lua parece mais cinza e escura, comparada ao planeta colorido e reflexivo que orbita. A sonda, em uma missão teste de engenharia, contornou a Lua no dia 28 de outubro e retornou à terra no dia 31.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Galáxia Espiral Maciça



É uma das galáxias mais maciças conhecidas. Distante apenas 46 milhões de anos-luz, NGC 2841 pode ser encontrada na constelação da Ursa Maior ao norte. Por esse ângulo, é possível ver o núcleo amarelado da galáxia. Faixas de poeira, pequenas regiões rosadas de formação de estrelas e jovens aglomerados estelares azuis compõem os braços espirais irregulares. Em contra partida, vários outros braços apresentam grandes regiões de formação estelar. NGC possui um diâmetro pouco maior que 150.000 anos-luz, maior que a nossa Via Láctea. Imagens de raios-X sugerem que os ventos resultantes de explosões estelares criam nuvens de gás quente que se estendem como uma áurea entorno da galáxia.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

RS Puppis



É uma das estrelas mais importantes no céu. Em partes porque por coincidência está rodeada por uma nebulosa deslumbrante. RS Puppis é dez vezes mais massiva que o nosso Sol e em média 15.000 vezes mais luminosa. Na verdade, ela é uma estrela do tipo Cefeida variável (Cepheid Variable Star), uma classe de estrelas cujo brilho é usado para estimar distâncias de galáxias próximas e um dos primeiros passos para estabelecer a escala de distância cósmica. Como RS Puppis pulsa em um período médio de 40 dias, as mudanças regulares em seu brilho são também percebidas ao longo da nebulosa atrasadas no tempo, um verdadeiro eco de luz. Usando medições de atrasos de tempo e tamanho angular da nebulosa, a velocidade da luz conhecida permite os astrônomos determinar geometricamente a distância da estrela de 6.500 anos luz, com um erro de 90 anos luz para mais ou para menos. A medição de distância por eco é um feito impressionante para a astronomia estelar, estabelece com mais precisão o brilho da RS Puppis e de outras estrelas Cefeidas, melhorando os conhecimentos das distâncias de galáxias além da Via Láctea. A imagem acima foi criada pelo telescópio espacial Hubble.
Fonte: Star Ucl